Um dia minha mãe chegou em casa trazendo em baixo do braço um frango vivo bem pequeno, dizendo que iria engordá-lo para então fazer um pirão com o coitado.
Tadinha da minha mãe... ficou a ver navios.Ninguém em casa ( a começar por mim ) deixou que ela desse cabo do frango.
Onde já se viu, em pleno século 21 levar um frango vivo para degolar em casa. Sem essa!
Resumindo... hoje o frango é um galo. Cresceu e ficou lindo. Come farelo e milho adoidado.E creio que vai morrer de morte natural, pois não deixamos que ele vá para a panela. Até lhe demos um nominho ...Galinho.
O Galinho já deu muito trabalho voando por cima da balaustrada e ganhando os telhados vizinhos, mas conseguimos resgatá-lo. Hoje não há mais perigo pois está muito pesadinho para voar.
Ele é a grande atração da rua. Mesmo sem poder ser visto ele chama a atenção com seu canto potente e muitas vezes fora de hora.
Minha mãe às vezes ameaça fazer o tal pirão de galo, mas sempre é dissuadida quando os vizinhos falam pra ela que é muito bom ouvi-lo cantando, pois alguns têm saudades da época que moravam em sítios ou chácaras e acordavam com o canto de algum galo.
Bem , bem... esse é o meu Galinho.
Fofo, não?
Fofo, não?
