Quando abri a porta da copa do escritório havia umas cinco pessoas de servindo do desjejum. Fiz o mesmo e me sentei na ponta da mesa. Lá estavam o Gerente de área, alguns assistentes e outros escriturários.
Não me lembro como o assunto começou, mas de repente estávamos falando do nosso tempo de escola e de coisas que hoje já não nos lembrávamos mais. Quando eu disse que tinha saudades do cheiro do álcool do mimeógrafo foi um êxtase geral. Muitos já nem se recordavam do tal objeto que tanto fez parte de nossas vidas. Alguém se lembrou do papel almaço ( muitas risadas ) e de como tinha cuidado para não amassá-lo quando o comprava na papelaria e o levava para casa. Citamos as dificuldades das pesquisas para as provas e trabalhos escolares e de como, nos dias de hoje, é simples pesquisar tudo na internet.
‘Nós somos vitoriosos’ ( mais risadas ).
Definitivamente foi uma forma muito gostosa de começar o dia de trabalho.
E aqui entre nós, falei sério sobre o mimeógrafo.
Aquele cheiro que se apossava da sala de aula nada mais era que o prelúdio de um momento de lazer. Significava que teríamos desenhos para pintar a manhã inteira.
São as coisas simples como esta que me deixam feliz
e não é preciso muito mais que isso...